terça-feira, 26 de maio de 2009

Um caso sobre os primeiros dias de síndrome do pânico


Tive um paciente que quando chegou a meu consultório começou a me relatar como foram os seus primeiros dias até ter o diagnóstico de síndrome do pânico:

“Eu voltei do trabalho como qualquer dia, era sexta-feira e tenho o costume de sexta pedir algo para comer, ou jantar fora com minha namorada, então resolvi ficar em casa e pedir algo. Quando eram mais ou menos 21hs chegou a comida e derrepente comecei a sentir minhas mãos frias, meu coração disparar, uma angústia indescritível, parecia que eu ia ter um infarto, pedi para que minha namorada e minha irmã que fosse comigo no pronto socorro, pegamos um táxi e eu fui na frente com a janela aberta, me faltava ar, chegamos no pronto socorro e me encaminharam para um clinico geral que me receitou um calmante, mas nada citou sobre pânico, fui para casa “um pouco melhor” e consegui dormir, tomei um pouco de calmante.

No dia seguinte era Sábado, e por volta das 21hs os sintomas começaram novamente, dessa vez só estava eu e minha namorada em casa, fui novamente de táxi até outro hospital bem conceituado, bem melhor que o primeiro e fiquei aguardando dessa vez um cardiologista que eu por iniciativa própria resolvi buscar devido aquela taquicardia “alucinada” que eu sentia, assim depois de muito esperar e os sintomas virem e irem como uma montanha russa, fui atendido pelo cardiologista que me disse: “você precisa cuidar de sua alimentação, vá mais a feira do que no mercado....” me receitou um outro calmante e um remédio para a pressão e NADA de falar sobre a síndrome do pânico, assim chegando em casa já de SACO CHEIO de passear de táxi, resolvi investigar na internet sobre todos os sintomas que eu sentia e aíiiiii..... descobri a tal da síndrome do pânico.

Na segunda-feira não fui trabalhar e fui ao psiquiatra, e realmente eu estava com essa doença, o psiquiatra me receitou antidepressivo e benzoadiazepínico fiquei dopado por alguns dias e ele me deu 10 dias de licença, e após esse inicio fui procurar você (Psicóloga) e hoje estou aqui com toda a esperança de sair desse inferno”.

Assim iniciou o tratamento e após um ano ele havia melhorado muito, o tratamento terminou após dois anos e meio quando lhe dei alta, às vezes o vejo de longe e a pouco tempo ele me ligou para dizer que está totalmente curado que o psiquiatra também já deu alta a ele.

Um caso de ataque de pânico na Av. do Estado/SP


Eu tenho um amigo que começou a ter crise de pânico e após várias idas ao pronto socorro diagnosticaram síndrome do pânico, não conseguia mais dirigir sem ter um ataque de pânico, ele trabalhava a 18 Km de sua casa, e o trânsito na grande maioria das vezes era muito intenso, dessa forma eu o levava de carona devido eu trabalhar próximo a ele, eu o buscava as vezes, mas quando chovia ou de sexta-feira que era muito trânsito, ele voltava de metrô e de táxi, mas um certo dia ele resolveu voltar de carro e detalhe! Toda vez que ele andava de carro ele que tinha que dirigir.

Vocês conhecem a Avenida do Estado, em São Paulo? Em dia de chuva, na sexta-feira? Para quem não conhece, se você leva uma hora para chegar em casa, em dias assim você leva três, quatro horas, então.... quando estávamos no meio da Avenida do Estado, ele começou a ter crise do pânico, ele parou o carro atravessado na avenida, pediu para eu assumir o carro, e começou a tomar um calmante atrás do outro para passar a crise, quando eu consegui sair do trânsito parei no primeiro bar que encontrei, e comprei água para ele conseguir engolir todos os remédios, a sensação para mim que estava de fora, é que ele fosse morrer tamanha angústia estampada no rosto dele, mas aos poucos seu rosto antes desfigurado voltou ao normal.

Deu para notar alguma semelhança com algo que você já passou? Não desanime do tratamento com psicólogo e psiquiatra sabem por quê? Hoje esse meu amigo que passou o ocorrido citado acima e muitos outros problemas devido a doença, está totalmente curado e sua vida voltou ao normal e sim por dizer melhor, hoje ele não precisa estar no controle o tempo todo, ele até deixa eu dirigir e ele ir como passageiro!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Porque é importante ir ao Psicólogo e também ao Psiquiatra?


Para a cura de todas as doenças citadas nesse blog, é de suma importância o tratamento em conjunto de um psicólogo e um psiquiatra, sabe por quê?

Eu vou explicar da forma mais clara e direta possível: o psicólogo vai te ajudar a entender o que desencadeou a doença, tratar enquanto você permanece com ela, e após você se curar do mal que estava te assombrando, te ajudar a viver melhor e mais "forte”, para que ela ou outra doença psicossomática ( mente somatizando uma doença tanto física quanto psiquiátrica em seu corpo) não venha novamente te assombrar, a terapia com um psicólogo te fortalece.

Após o seu fortalecimento psicológico e a melhora dos sintomas físicos/ psiquiátricos o psiquiatra irá resolver juntamente com você, se é a hora de fazer o "desmame" (diminuir as doses dos medicamentos aos poucos) para depois parar totalmente com o remédio.

Desejo que depois de todo esse sofrimento, você consiga trilhar novos caminhos ainda melhores que os anteriores, tendo a certeza que você é um vitorioso. Parabéns! .

Qual a diferença entre o psicólogo e o psiquiatra?


O psicólogo te ajuda a se entender melhor, descobrir porque você se relaciona de uma certa forma com o mundo e com você mesmo, ele é seu amigo sem ser seu amigo, é aquele que vai dizer coisas que poucas ou talvez nenhuma pessoa teve coragem de te dizer, o melhor é que ele vai te dizer de forma imparcial, ele caminha ao seu lado e não se esqueça que não é te carregando, mas sim, te mostrando o caminho que você irá decidir em seguir ou não, mas que talvez sem ele você não encontrasse, e finalmente o mais importante, ele irá te ajudar a se amar e as vezes porque não, apenas se aceitar por ser do jeitinho que você é.

O psiquiatra é o médico especializado em doenças mentais, que tem a possibilidade através da sua total sinceridade para com ele, "levantar dados" que definam alguma doença psiquiátrica para que depois, ele possa te receitar um ou mais medicamentos que irão agir em conjunto para sua melhora tanto nos sintomas físicos quanto nos pensamentos, sentimentos que lhe causam sofrimento.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Dá para sair do buraco?


Sindrome do pânico tem cura? Dá para sair do buraco? Dá sim! essa é a pergunta que mais escuto em meu consultório, mas quanto tempo vai demorar para eu me curar? não dá para ter certeza, cada pessoa tem seu tempo e cada um tem sua história. 

Vale perguntar para as pessoas que você conhece ou nem conhece como elas se curaram, participar de grupo de ajuda, entrar em sites, entrar em blogs que tratam sobre o assunto? Respondo com toda certeza que é importante sim! 

Você que sofre desse mal, deve procurar falar, dividir seus sentimentos com outras pessoas que sofrem ou sofreram com o pânico, você sempre ira conseguir dividir  situações semelhantes e por muitas vezes iguais. Busque ajuda o mais rápido que você puder, converse com amigos, familiares, parceiro(a), procure ajuda de um profissional, o mais indicado em primeiro lugar é o psiquiatra e depois um psicólogo ambos irão te dar o suporte necessário para você sair desse buraco.