segunda-feira, 30 de março de 2009

Síndrome do Pânico - "Tour" Médico


Quando acontece a primeira crise não se sabe muito bem o que está acontecendo, o coração dispara, um desespero toma conta da mente, um medo de morrer a qualquer momento permeia os pensamentos e vem uma vontade “alucinada” de fugir. Para onde? Sei lá! É assim que muitos chegam ao meu consultório narrando à primeira crise de pânico.

Na primeira crise é comum acontecer o tour médico, devido a falta de informação tanto daquele que sofre a crise, como os médicos que os atendem, eu chamo de tour médico: quando você chega até o P.S. por exemplo, e o médico que te atende se tem a especialidade cardiologista, te encaminha para fazer exames cardiológicos, se a especialidade é neurologista ele pede um exame neurológico, é assim até que um médico que respeita e acredita que a mente somatiza no corpo alterando o seu funcionamento faz perguntas direcionadas a diagnosticar um ataque de pânico e por fim ele encaminha esse paciente ao médico especializado que é o Psiquiatra.

Definição de Psiquiatra: Médico especializado a investigar através do sofrimento psíquico alteração no comportamento, nos pensamentos, na rotina, no convívio: social, pessoal, profissional, etc .... e que sabe exatamente qual o medicamento você deve tomar para melhorar os sintomas que você sente no corpo, diminuir e até acabar com os pensamentos que “angustiam” os seus dias, que sabe diagnosticar exatamente o que você tem, ele é o único médico especializado que pode realmente te ajudar a se curar.

Quando falo de tour médico não sou totalmente contra, acredito que é importante fazer exames como uma forma de segurança que está tudo bem com sua saúde, pois isso é uma forma de se tranqüilizar e “descartar” qualquer possibilidade de estar sofrendo de outras doenças além da psiquiatra.

quinta-feira, 12 de março de 2009

ANSIEDADE

A ansiedade é uma sensação ou sentimento decorrente da excessiva excitação do sistema nervoso central, isto acontece devido a resposta do indivíduo a uma sensação de ameaça desconhecida, é também um grande sintoma de características psicológicas que mostra a intersecção entre o físico e o psíquico, a mente fica acelerada, é um sinal de alerta que possibilita a tomada de medidas para enfrentar a ameaça que é algo instintivo não consciente.
A ansiedade em excesso desencadeia desagradáveis manifestações somáticas, fisiológicas e psicológicas, muitas são freqüentes no nosso dia a dia, mas se torna contínuo algo não está muito bem.
Abaixo segue algumas formas de manifestar a ansiedade e seu significado:
Agitação - ameaça desconhecida
Pressão - negativa relativa ao futuro
Medo - ameaça conhecida; sentimento de perigo; componente genético.
Angústia - aflição; inquietude; relacionada a passado; sensação mais corporal.
Stress - esforço para adaptação; com fases de alarme, resistência e esgotamento;
há efeito danoso ao organismo.

Principais possibilidades de origem:
Origem genética / pré-disposição
Infância carente e problemática
Dificuldade de incorporar fatos ou intercorrências novas ou desconhecidas
Distorções de auto-imagem,
Baixa auto-estima, crenças negativas
Traumas de infância, grandes sustos, perdas afetivas
Entre outras.....

quarta-feira, 11 de março de 2009

TIPOS DE ANSIEDADE

Pacientes portadores de ansiedade tendem a superestimar o grau e a probabilidade de perigo em uma determinada situação dentre os tipos de ansiedade destacam-se:

Ansiedade de desempenho- reação associada a temores em relação à execução de uma tarefa, à possibilidade de ser avaliado criticamente por pessoas importantes ou significativas (freqüente na fobia social e na vida cotidiana)

Ansiedade antecipatória - reação antecipada, antes da ocorrência de uma situação estressante imaginada, fica remoendo como será a futura situação desconfortável que irá viver. (freqüente nas fobias sociais, quando o individuo imagina que no futuro irá entrar em contato com o novo desconhecido).

Quadro clinico quando tem claros sintomas físicos:

aumento da motilidade intestinal
aumento das secreções (urinárias e fecais)
cefaléia (dor de cabeça)
sudorese
taquicardia (batedeira)
tremores
tensão muscular

Características
as principais características externas, no transtorno ansioso é a pressa, é a vontade que a pessoa tem que as coisas acabem rápido, que elas se concluam, pressa para aliviar da sensação de perigo, o sentimento interior inconsciente é de medo de pressentimento de que algo de ruim possa acontecer que algo não vai dar certo .

Ansiedade normal
comum a todo os seres humanos, caracteriza-se por um sentimento difuso, desagradável e vago de apreensão, acompanha o crescimento normal, as mudanças novas e inéditas, e o encontro da própria identidade e o sentido de vida do indivíduo. Quando a ansiedade se intensifica alterando a vida do indivíduo e excede o período de seis meses, torna-se ansiedade patológica.

terça-feira, 10 de março de 2009

SÍNDROME DO PÂNICO A DOENÇA DO NOSSO TEMPO

Os sintomas mais comuns em quem sofre de síndrome do pânico são: sensações incontroláveis de ansiedade, pernas bambas ou fracas, o chão perde a estabilidade e as percepções parecem confusas. A angústia (palidez, tremores, dispnéia, sudorese fria) é o sintoma comum a todos que sofre dessa doença, a pessoa não consegue raciocinar e a idéia de que há perigo de morrer persiste, mesmo sabendo que esse perigo não é real podendo deixá-lo paralisado ou agindo de modo descontrolado.
Quando o primeiro ataque de pânico surge muitos sofrem com o “tour” médico, os sintomas citados acima são confundidos com problemas cardíacos, alterações na pressão arterial (na verdade ocorre) enfim a primeira resposta a esses sintomas é logo pensar em algo exclusivamente físico depois de muitas idas ao pronto socorro ou consultórios, se descobre que na verdade o psicológico está agindo sobre o físico ou vice-versa.

O psiquiatra é o medico especializado que deve ser procurado, alguns médicos de outras especialidades por vezes receitam antidepressivos, ansiolíticos, calmantes, mas somente o psiquiatra que tem o profundo conhecimento do medicamento ideal para cada pessoa, não existe um único medicamento para a síndrome do pânico, o que é tratado é o sintoma não a doença, mesmo que você tenha um diagnóstico de “pânico” como alguém conhecido por exemplo, não quer dizer que para melhorar seus sintomas você irá tomar o mesmo medicamento desse conhecido. Os sintomas são semelhantes em todas as pessoas que sofrem dessa doença mas pode haver outras fobias (medos) apreendidas Ex: hipocondria.

Existe uma associação entre ataque de pânico e depressão, tendo à grande possibilidade de uma doença desencadear a outra. Ataques de pânico são um fator de risco para suicídio em pacientes com depressão, assim como a depressão é fator de risco para suicídios em pacientes com TP (transtorno do pânico). Há outro fator preocupante que é o risco real à saúde sob forma de estresse crônico, que aumenta o risco de morte por causas cardiovasculares, devido à freqüência cardíaca alta se manter durante a maior parte do dia, outros órgãos podem ser afetados pela saturação de “substâncias” que são “jogadas” no organismo pelo estresse crônico.

segunda-feira, 9 de março de 2009

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO

Sedativos ansiolíticos , tranqüilizantes menores ou psicolépticos

Substâncias que anestesiam parcialmente a sensibilidade neuronal diminuindo a capacidade de excitação emocional, são usados em altas doses como pré-anestésicos para induzir o sono, servindo para combater o sintoma de ansiedade, mas não mexe na sua origem, funcionam como a “novalgina para combater a febre”, diminuem o sintoma mas não resolvem o problema....
Maior utilidade: quando a ansiedade está muito alta ou descontrolada, ou quando provocam insônia.
Desvantagens: podem causar pequena dependência física, importante dependência emocional e o uso prolongado podem causar tolerância.
Efeitos colaterais : sonolência, cansaço e fraqueza


Antidepressivos

Efeitos: (por ação sobre os neurotransmissores cerebrais) existe o aumento do nível de energia psíquica, fazendo com que a pessoa se sinta mais forte, diminui a quantidade de preocupações e de medo, aumenta a percepção e a clareza que a pessoa tem, fazendo ela se sentir mais segura e portanto menos ansiosa.
O segundo efeito é uma ação mais direta sobre a ansiedade, não causa dependência física, apresenta pouca tolerância, mas pode causar alguma dependência emocional, não tem efeito imediato, deve ser tomado por um período mínimo de quatro meses, tem alguns efeitos colaterais (principalmente nos dez primeiros dias) o mais comum é a diminuição da libido e o retardo da ejaculação, exemplos: cloridrato de sertralina, fluoxetina e desipramina.


Tranqüilizantes maiores ou antipsicóticos

Utilização: quando a ansiedade atinge picos altíssimos são também associados a doenças mentais mais graves: com alteração do pensamento e com alteração do senso-percepção ou por estados desencadeados por drogas alucinógenas.

domingo, 8 de março de 2009

TRATAMENTO PSICOTERÁPICO


Psicoterapia comportamental: tem o objetivo de trabalhar a desaceleração da pessoa, aprender a escapar do seu domínio e desacelerar a mente.

“Mente acelerada é mente desequilibrada”
(isaac efraim)




Psicoterapia psicanalítica: tem o objetivo da terapia de decifrar sintomas, compreender a dinâmica mental, organizar ações transformadoras da vida psíquica, a doença é apenas mais um componente necessário.



Psicoterapia psicossomática: tem o objetivo de buscar a compreensão dos processos do adoecer, com a resposta de um sistema, levando em conta suas estruturas sociais, biológica, física e psicológica

..“é necessário aprender a viver os tempos na medida em que acontecerem, quem colocar o bem-estar apenas no amanhã, ou seja, no que não tem, ou com quem não se relaciona, tenderá a ter muitas diferentes dores, inclusive a ansiedade.” bayard velloso galvão

sábado, 7 de março de 2009

Você sofre de Anorexia? Conhece alguém que você acredita que sofra desse transtorno?

Muitas jovens sofrem de anorexia nervosa que é um transtorno caracterizado por perda de peso intencional, induzida e mantida por quem tem essa doença ela pode ocorrer numa mulher adolescente ou jovem, mas pode igualmente ocorrer num homem adolescente ou jovem, como numa criança próxima à puberdade ou numa mulher de mais idade até na menopausa.


Mas existem algumas formas de identificar quem esta sofrendo desse mal. E a família, os amigos e por muitas vezes a própria pessoa tem que ficar atenta aos seguintes indícios:

Recusa a manter o peso corporal em um nível igual ou acima do mínimo normal adequado à idade e à altura (por ex., perda de peso levando à manutenção do peso corporal abaixo de 85% do esperado; ou fracasso em ter o ganho de peso esperado durante o período de crescimento, levando a um peso corporal menor que 85% do esperado).

Medo intenso de ganhar peso ou de se tornar gordo, mesmo estando com peso abaixo do normal.

Perturbação no modo de vivenciar o peso ou a forma do corpo; influência indevida do peso ou da forma do corpo sobre a auto-avaliação, ou negação do baixo peso corporal atual.

Nas mulheres pós-menarca, amenorréia, isto é, ausência de pelo menos três ciclos menstruais consecutivos. (Considera-se que uma mulher tem amenorréia se seus períodos ocorrem apenas após a administração de hormônio, por ex., estrógeno.).

OUTRAS CARACTERÍSTICAS DA ANOREXIA


Outras características que podem acompanhar o quadro geral da anorexia:

Perda de cabelo
Crescimento de lanugem – pêlo fino que cresce por todo o corpo, inclusive na face.
Temperatura do corpo baixa e diminuição do ritmo cardíaco
Baixa pressão sanguínea
Sensação de frio
Circulação ruim
Pele ressecada
Unhas quebradiças
Insônia
Exercícios excessivos com o objetivo de perder peso
Foco obsessivo em comida e calorias
Solidão, isolamento social, comportamento arredio
Perda da habilidade de se concentrar em qualquer coisa
Baixa auto-estima
Ódio por si mesmo

sexta-feira, 6 de março de 2009

CONSEQUÊNCIAS DA ANOREXIA

A melhor forma de ter certeza se é mesmo anorexia é procurar primeiramente ajuda médica, pois anorexia pode acarretar diversos problemas como:
Pele seca e amarelada por causa da desnutrição
Bradicardia (freqüência cardíaca baixa)
Arritmia cardíaca, causada pela deficiência de potássio.
Problemas gastro-intestinais
Ausência de menstruação e infertilidade temporária por causa da diminuição dos hormônios femininos.
Pressão arterial baixa - menor que 8/5
Hipotermia (baixa temperatura corporal–menor que 35,5º C)
Desidratação ocasionada pela má ingestão de alimentos e líquidos.

E quando seriamente abaixo do peso, muitos indivíduos com Anorexia Nervosa manifestam sintomas depressivos, tais como humor deprimido, retraimento social, irritabilidade, insônia e interesse diminuído por sexo. E existem outras características ocasionalmente associadas com a Anorexia Nervosa que incluem preocupações acerca de comer em público, sentimento de inutilidade, uma forte necessidade de controlar o próprio ambiente, pensamento inflexível, espontaneidade social limitada e iniciativa e expressão emocional demasiadamente refreadas são pessoas que começar por perder o “brilho”.

quinta-feira, 5 de março de 2009

ÍNDICES DA ANOREXIA

Os índices mostram que existem faixa etária e sexo com mais probabilidade de sofrer desse transtorno:
“A doença ocorre principalmente no início da adolescência, dos 12 as 19 anos, mas pode se manifestar em qualquer outra idade. São 10 mulheres para 1 homem anoréxico. Entre os pacientes que buscam o tratamento de aneroxia, 50% se recuperam completamente, 30% têm cura parcial e outros 20% não respondem ao tratamento.” (site Hospital Santalucia.com)

Esse transtorno por muitas vezes é gerado pela própria família que tem um papel importante no início e no progresso dessa doença, existem muitas famílias que possuem regras severas para controlar quais são os sentimentos que podem ser expressos pelas crianças e que expressão são permitidas.As crianças desses tipos de família são treinadas a controlar que sentimentos expressarem dentro da família e de que modo podem fazê-lo em especial os que são negativos ou difíceis, como raiva, frustração, desafio, irritação ou crítica.


No caso dos mais jovens eles na grande maioria serão capazes de enfrentar os problemas por sua própria conta, sem sintomas psicológicos sérios, até que enfrentem uma situação que destrua esse frágil equilíbrio – uma das crises ou eventos críticos da vida já listados. Então é provável que os sentimentos não expressos se mostrem de formas diferentes.


As garotas geralmente encontram meios de expressar sentimentos sem prejudicar ninguém, exceto elas mesmas: depressão, comportamento sexual promíscuo, autoferimentos e, cada vez mais, nos últimos vinte anos, transtornos alimentares, incluindo a anorexia e a bulimia. Infelizmente para essas garotas os seus sentimentos não desaparecem – eles meramente ficam reprimidos.


A baixa auto-estima que faz parte da personalidade de toda anoréxica e bulímica se origina dessa fonte. Seus pais queriam que elas fossem algo que não são e não podem ser - uma pessoa com menos necessidades emocionais. Elas tentaram ser essa pessoa e falharam. A mulher portadora de um transtorno alimentar sente-se péssima com relação a si mesma e não vê saída para esse mal que a assombra.

quarta-feira, 4 de março de 2009

TRAUMAS ANOREXIA



Grande parcela das vítimas parece ser capaz de datar o começo de suas dificuldades a partir de um trauma ou de uma perturbação específica. Isso pode ser bastante diferente de uma pessoa para outra. Segue abaixo alguns motivos freqüentes que pode desencadear a anorexia:

A morte de um dos pais
Doença, mental ou física, de um dos pais
A morte de um irmão ou irmã
A morte de um dos avós que era íntimo
O divórcio ou a separação dos pais
Abuso sexual
Estupro ou assédio sexual
Saída de casa
O fim de um relacionamento
A perda de um amigo íntimo
Exames
Provocação ou maus-tratos

Entretanto, nem todas que sofrem desse mal podem identificar o incidente único ou o trauma que coincide com o começo de seu problema. Isso se dá porque elas não levaram muito a sério o que lhes aconteceu ou porque não estão conscientes de sua importância. Essas pessoas muitas vezes negam completamente que um evento que coincide com o começo do transtorno tenha alguma importância. Algumas pessoas não conseguem reconhecer o que lhes aconteceu porque não têm consciência dos efeitos de uma série de eventos estressantes.

terça-feira, 3 de março de 2009

TRATAMENTO ANOREXIA

"De longa duração, exigem conjunto de psicólogos, nutricionistas e endocrinologistas o Psicólogo. Ajuda o paciente a resgatar sua percepção do corpo, assim como seus desejos, valores e emoções. Neste estágio, ele aprende a respeitar e aceitar o seu corpo com mais tranqüilidade. Nutricional Recomposição alimentar. No auge da doença, a ingestão calórica é abaixo de 500 calorias diárias. Com a aceitação do paciente, o nutricionista vai acrescentando 300 calorias periodicamente. Endocrinológico Nesse caso, o doente repõe elementos nobres como vitaminas, cálcio, ferro, sais minerais e proteínas. Além disso, as mulheres fazem reposição hormonal para regular o ciclo menstrual.” (site Hospital Santa Lúcia.com).



O apoio familiar é de grande importância para a recuperação desses pacientes, quem sofre desse mal por muitas vezes engana a familia dizendo que está se alimentando, é comum mentirem para a familia dizendo que já se alimentou, quando questionado por exemplo se já almoçou, jantou, etc a resposta por diversas vezes é: Sim! mas se consultar as pessoas se alguém presenciou na grande maioria ninguém estava perto.

segunda-feira, 2 de março de 2009

OBESIDADE INFANTIL

Nos países desenvolvidos, a obesidade é considerada um dos principais problemas de Saúde Pública, sendo que este problema vem aumentando nos países em desenvolvimento. Acredita-se que esta situação é devida ao estilo de vida atual: o sedentarismo e os hábitos alimentares.


A obesidade é um distúrbio do metabolismo energético em que ocorre um armazenamento excessivo de energia, sob a forma de triglicérides, no tecido adiposo. O desequilíbrio crônico entre a ingestão e o gasto levará à obesidade ao longo do tempo.


Tem-se observado um aumento significativo dos casos de obesidade em crianças de todas as idades.Diversos estudos mostram que o risco de uma criança ser obesa está associado à obesidade dos pais. Aumenta se pai e mãe forem obesos.

domingo, 1 de março de 2009

FATORES QUE LEVAM A OBESIDADE INFANTIL

Várias doenças estão relacionadas à obesidade e a obesidade infantil apresenta maior risco para algumas delas, tais como a hiperinsulinemia, aumento nos níveis de colesterol total e LDL colesterol, com maior risco de desenvolvimento de baixos níveis de HDL colesterol, aumento no risco de diabetes, doenças cardiovasculares e hipertensão arterial, além de complicações ortopédicas, alterações da função pulmonar e dermatológicas (estrias, fragilidade, tendência a infecções fungícas). Além disso, devem ser levados em consideração, também, os distúrbios psicossociais, provocados pelo preconceito.


Devemos considerar outros fatores relacionados à obesidade:

Fator individual psicológico: estrutura que funciona em torno do excesso de alimentação. Pessoas que buscam no alimento um meio para aliviar a tensão;
Fatores precipitantes: conflitos, separações;
Fatores biológicos: genéticos, metabólicos;
Fatores familiares: regras rígidas e conflitos ;
Fatores socioculturais: alimentação de forma rápida, sedentarismo, preenchimento de vazios emocionais;
Fatores perpetuadores: baixa auto-estima, depressão, fobia social, angústia, etc.;
Fatores ambientais e psicossociais: desagregação familiar, separação mãe/filho, depressão materna, atendimento médico inadequado e outros;
Fatores econômicos: aumento da obesidade nos países desenvolvidos e em desenvolvimento envolvendo todas as classes sociais.

FATORES PSICOLÓGICOS NA OBESIDADE INFANTIL


Algumas vezes, a mãe refletindo sobre o relacionamento que tem com o filho consegue perceber suas próprias necessidades e sentimentos. É possível que mães com sentimentos de rejeição, atuem superalimentando o filho na tentativa de diminuir a culpa. Outras “sabotam” a dieta dos filhos com o intuito de ter aliado nos seus excessos alimentares. Usam o alimento como compensação.


A criança sente-se impotente e dependente afetivamente da mãe e esse tipo de relação prejudica o desenvolvimento emocional da criança.


A criança traz o quanto se sente infeliz por sua gordura. São rejeitadas por isso e sentindo essa hostilidade respondem com comportamentos agressivos. Outras demonstram uma auto-insuficiência isolando-se, mascarando um sentimento de fragilidade (dependência afetiva).

TRATAMENTO DA OBESIDADE INFANTIL

Em outros casos, a criança pode estar comendo sem orientação por um desejo de crescer, o que não indica um comprometimento psíquico, ou seja, cada caso deve ser analisado de forma individual, englobando todos os aspectos, nos quais a criança está inserida e somente a partir daí é que se deve encaminhá-la para tratamento apropriado.

O fato é que o tratamento deve ser precoce, pois quanto mais idade tiver a criança e maior for o excesso de peso, mais difícil será a reversão do quadro, pelos hábitos alimentares incorporados e pelas alterações metabólicas instaladas.

No tratamento da obesidade é necessário utilizar uma abordagem multidisciplinar, composta de pediatra, nutricionista, psicólogo e educador físico.