segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Um caso sobre Depressão


Uma pessoa me procurou em um trabalho voluntário que faço, encaminhada pelo Psiquiatra com o diagnóstico de Depressão. Tinha na época 66 anos, na primeira consulta ela me relatou que estava com falta de apetite e que já havia emagrecido uns 6 Kg, para ela fazia muita diferença devido a mesma ter 1.45 altura, dificuldade em dormir, chorava com frequencia e por qualquer coisa, dificuldade em sair de casa ... e foi nessa hora que ela me relatou algo que mais me chamou a atenção.


A paciente vendia Avon e Natura para sobreviver e a sua dificuldade devido a Depressão acarretava outro problema, a falta de dinheiro, pois se ela não saia de casa ela não vendia, e assim não tinha dinheiro.


Começei o tratamento exatamente nesse ponto: "Como vou ajudá-la a sair de casa?" . E assim comecei a dar "desafios" semanais a ela. Toda semana eu pedia para que ela fosse em um lugar, começando ao lado de casa, depois em frente, depois na primeira quadra e assim por diante, aos poucos ela foi se "libertando".


Passado algum tempo, ela me contou que sentiu vontade de ir ao cinema, antes da Depressão ela ia de 15 em 15 dias, e agora fazia meses que ela não conseguira ir, então ela se lembrou de uma frase que eu disse para ela na primeira sessão e muitas outras que se seguiram:

"O DIA NUNCA ESTÁ FEIO, É O TEMPO QUE NÃO ESTA BOM".



Então naquele dia que ela abriu a janela e o tempo estava chuvoso, ela pegou o seu Fusca e foi sozinha ao cinema.


Quando sofremos de Depressão, sair de casa parece algo impossível, um dia nublado é visto como um dia HORRÍVEL, cada pessoa sabe o sofrimento que essa doença causa, procure ajuda, ou melhor peça ajuda aos mais próximos e nunca se esqueça de procurar ajuda de profissionais, tanto do psiquiatra como o psicólogo.



Ahhhhh!!!!!! a minha paciente teve alta meses depois e hoje com os seus 70 anos, está feliz e vivendo bem, em dias ensolorados ou chuvosos.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Você sabe o que é Depressão?




Depressão é uma doença psiquiátrica que é tratada com medicamentos e psicoterapia.O estado depressivo é bem diferente de Depressão, nos dias de hoje todos que estão meio "down" ou chorosos, melancólicos (pensando no passado)logo alguém diz : "Você deve estar com depressão", a Depressão foi vulgarizada tanto quanto outras doenças divulgadas pela mídia recentemente, por exemplo o Transtorno Bipolar.



Depressão é uma doença que tem sintomas característicos e devem permanecer por um período de tempo mínimo de 2 semanas, durante as quais há um humor deprimido ou perda de interesse ou prazer por quase todas as atividades. Em crianças e adolescentes, o humor pode ser irritável ao invés de triste.
Também deve estar presente alterações no apetite ou peso, sono e atividade psicomotora, diminuição da energia, sentimentos de culpa, dificuldades para pensar,concentrar-se ou tomar decisões,e pensamentos recorrentes sobre morte ou ideação suicida e/ou planos ou tentativas de suicídio.



Se você está sentindo a algum tempo a maioria dos sintomas citados acima, acredito que seja a hora de procurar um Psiquiatra, somente ele saberá diagnosticar se é mesmo Depressão e qual é o tipo, pois existem vários tipos de Depressão, você sabia?.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O que fazer quando acontece a crise de pânico?


Se estiver em pé - sente

Se estiver dirigindo - estacione em um lugar seguro

Se estiver sozinho - procure alguém para ficar com você

Se estiver trabalhando- vá até o banheiro ou lugar aberto juntamente com um colega

Se estiver dormindo - sente na cama e chame alguém ou ligue para alguém
Se estiver tomando banho - saia do chuveiro e sente em um lugar seguro

Se estiver dentro de um elevador - desça no primeiro andar que o elevador parar

Se estiver dentro de um onibus - saia e vá para um lugar com pessoas ao redor e fale/ ligue para alguém conhecido




ENFIM.... busque ficar em um lugar seguro, com pessoas de preferencia conhecidas, pare de fazer o que está fazendo no momento da crise, e tente se concentrar em sua respiração, que deve ser lenta mantendo a mesma frequencia sem inflar o pulmão e não se esqueça que o que está acontecendo com você pode ser uma sindrome do pânico ou até mesmo algo físico por exemplo a hipoglecimia que tem sintomas bem parecidos em qualquer caso busque a orientação médica e pesquise sobre os sintomas, pois hoje ainda muitos médicos não sabem diagnosticar a sindrome do pânico e isso faz com que você faça o tão falado "tour médico".

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Gripe suína e Pânico


Ficar gripado é muito comum principalmente no Inverno, mas nesses últimos 2 meses ficar resfriado já está sendo motivo de pânico. Quando digo pânico, quer dizer desespero mesmo, as pessoas estão com medo de cumprimentar as pessoas, porque se beijar poder pegar gripe suína, dar um aperto de mão pode pegar gripe suína, respirar perto, entrar em um onibus, ir ao cinema, etc tudo gera medo, pânico de pegar gripe suína.
Sabem porque resolvi abordar esse assunto? Porque se as pessoas que não tem um diagnóstico de sindrome do pânico estão assim, imaginem as pessoas que tem esse diagnóstico? Então.... resolvi comentar um pouco.
Estar com a gripe suína ou qualquer outra doença não quer dizer que você vai morrer por causa disso, arrisco dizer que todas as pessoas que sofrem de sindrome do pânico, sentem que vão morrer devido as crises e na grande maioria pensam que vão morrer durante ela, mas, não é porque você sofre desse mal quer dizer que você tem mais possibilidade de morrer do que outra pessoa, o medo da morte te acompanha muito mais quando se tem esse diagnóstico mas não quer dizer que ela está mais perto de você do que do seu vizinho.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Um caso de melhora "rápida" de crise de pânico


Um paciente chega a meu consultório com diagnóstico de sindrome do pânico, o Psiquiatra lhe explicou que demoraria entre 15 e 20 dias para o medicamento (antidepressivo) fazer efeito e que até lá ele precisaria tomar calmantes para conseguir controlar um pouco as crises. Com essa previsão, eu não sei dizer se melhora ou piora a crise, porque o medo de ter crise é tão intenso, que muitas vezes nem o remédio "segura" uma crise de pânico.

Enfim, começamos a terapia, e fui ajudando-o a encontrar formas de "tirar" o foco do medo de sentir medo, juntos fomos encontrando a melhor forma de distraí-lo, como ele gostava muito de jogos de computador, dei a idéia de permanecer o maior tempo possível jogando, primeiramente ele escolheu jogos violentos, não deu nada certo, só aumentavam as crises, até mesmo filmes com enredo triste lhe causavam crises, mas depois de algumas tentativas ele se acertou com um jogo onde se construía cidades, civilizações... o resultado foi excelente, em pouco tempo suas crises começaram a diminuir e até mesmo aqueles pensamentos recorrentes (sabe aqueles que você não consegue tirar da cabeça por nada desse mundo?) começaram a desaparecer.
Dica: "Busquem sempre algo que lhe dêem prazer para "tirar" o foco quando se está sentindo o início de uma crise, isso dá certo! Lógico, com muito esforço e muita vontade de sair desse buraco".

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Síndrome do Pânico da para sair do buraco sem remédio?


Tomar remédio ou não quando se tem sindrome do pânico é uma decisão muito pessoal mas não se esqueça das terriveis crises de pânico: a sudorese, a taquicardia, o medo da morte, a angústia, todos esses sintomas e mais alguns, iram virar seus companheiros por muito mais tempo ou talvez para sempre.


No consultório atendi uma pessoa que tinha crises de pânico a trinta anos, e nunca tomou medicamento, meio assustador não é????? também acho!


Sempre aconselhei ela procurar um Psiquiatra, mas ela não acreditava na melhora através do medicamento, acreditava que iria ficar viciada. Algumas Psicólogas se recusaram a atende-la devido a essa decisão, iniciamos a terapia sempre deixando claro que ela teria que procurar um Psiquiatra, e que ele juntamente com ela decidiriam sobre o melhor tratamento, após um tempo ela abandonou a terapia e nunca procurou o psiquiatra.


A terapia ajuda muito quando a pessoa esta disposta a melhorar e a lutar contra essa doença que parece mais uma maldição, mas sem medicamento, o caminho é muito mais difícil, dolorido, a cura é muita mais demorada, e na grande maioria das vezes não existe cura sem a ajuda de medicamentos.


Se você for uma pessoa que tem esse diagnóstico, e não sabe se quer fazer tratamento com Psiquiatra e medicamentos, vai uma pergunta: Você quer ao menos diminuir essas crises o mais rápido possível? ou prefere que elas se estendam por um tempo indeterminado?


.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

O QUE CAUSA A DEPRESSÃO INFANTIL?


Relações parentais desestruturadas, cobranças excessivas e a falta de tempo livre, seriam alguns dos principais fatores causadores da depressão infantil. Outro fator é quando o pai ou a mãe ou pior ainda, ambos, tenham expectativas tão altas em relação à criança, uma carga de exigências tão grande, que a criança se sente na obrigação de corresponder essas expectativas e quanto mais ela não consegue essa pressão vai aumentando, vai aumentando, até o momento que ela fica doente fisíca e muitas vezes também psicologicamente.




Não podemos ignorar o fato da genética ajudar a criança desenvolver uma depressão, mas como toda a doença psicossomática (depressão, pânico, obesidade, ...) conforme o "jeito" que você leva a vida vai desencadear ou não a doença.




Agora, pensa bem! se você que é adulto, não aguenta a pressão de trabalho, casamento, decepções, etc... imagina uma criança em que sua estrutura emocional, fisica, psicológica está em formação sendo estruturada principamente pelos pais, pela família, o seu mundo não está formado e ai....a pressão insuportável vem daqueles que ela entende que tem de ama-la e protegê-la, já parou para pensar no estrago?

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Transtorno de Estresse Pós Traumático



Para saber se você sofre de Transtorno de Estresse Pós traumático segue os sintomas: memórias assombradas e pesadelos sobre algum evento traumático, perturbações do sono, excesso de culpa e limitações de memória, além de problemas físicos e mentais extremos, você também pode sofrer de lembranças repentinas indesejáveis nas quais os sentimentos e memória associados ao evento original são experimentados.



Cerca de 50% dos indivíduos que apresentam pelo menos um episódio de Transtorno de Estresse Pós traumático possuem sintomas crônicos, que pode levar a um comprometimento funcional importante, com impacto no funcionamento profissional, marital e social, afetando tanto o paciente quanto seus familiares.



O Transtorno de estresse pós traumático é freqüentemente acompanhado de outras doenças como fobia social, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de depressão, e abuso de substâncias psicoativas.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

O medo na sindrome do pânico




Todas as pessoas que conheço que tem sindrome do pânico, concordam que o medo de ter a crise é o principal motivo de desencadear uma nova crise.




O medo de ter crise, o medo da morte, o medo de não melhorar, o medo de ficar dependente de remédios, medo de não voltar a ser o que era antes da sindrome do pânico, medo, medo, medo, ...... é comum e esperado para quem sofre desse mal, o medo é um dos principais motivos psicológicos que desencadeam uma doença psiquiátrica mas acredite.



Quando você sentir um medo incontrolável busque a sua melhor forma de controla-lo, lógico que não é fácil, mas existe várias maneiras,exemplo: respiração, falar com alguém que possa tirar você do foco, exercicios de TCC (terapia comportamental cognitiva) que você encontra em vários sites, meditação, .... procure uma que você acredita, cada pessoa encontra uma forma para aliviar o medo e os sintomas da crise, mas o mais importante em tudo isso é você estar tomando medicamentos para que aos poucos diminuam esse sintomas, não se esqueça eles servem como auxiliares na diminuição de todos os sintomas da crise, e o medo um dia ele vai embora, juntamente com a doença, ai voltará tudo ao normal você vai sentir um medo "normal" como todos sentem.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Stress pode ser o "gatilho" da sua doença


O stress é benéfico na vida de todas as pessoas, até um certo ponto, ele é o propulsor de muitas conquistas tanto profissionais quanto emocionais, até mesmo em questão de sobrevivência, mas ele em excesso pode ser o grande gatilho/inicio de uma doença psicossomática(pânico, depressão, obesidade,etc).

Todos nós herdamos de nossos pais, avós, bisavós... cargas genéticas boas e ruins, e quando digo ruins quero dizer que é a tendência a desenvolver certas doenças, mas o que vai determinar se você terá ou não por exemplo, a depressão de seu pai ou a compulsão alimentar da sua mãe, é como você encara a sua vida, assim quando se diz que não se pode fazer nada para evitar ter uma depressão ou ser obeso, não é verdade, você vai ter mais facilidade que as outras pessoas que não tem histórico familiar como você, mas se você carregar o seu dia a dia de stress crônico, um dia ele poderá ser sim, o gatilho/início da doença psiquiátrica.

domingo, 21 de junho de 2009

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Você sabia que você pode estar com depressão e sindrome do pânico ao mesmo tempo?


A sindrome do pânico e a depressão pode te "atacar" juntamente ou uma seguida da outra. Os sintomas da depressão e da sindrome do pânico são diferentes, enquanto a depressão "te puxa" para baixo, o pânico quer "te puxar" para cima, assim você pode sentir em alguns momentos do dia, tristeza, melancolia... e outros sintomas relacionados a depressão e derrepente angústia, taquicardia, e outros sintomas relacionados so pânico, CUIDADO!


Quando você se sentir assim, você precisa contatar o seu médico pois mesmo que você já tenha ido ao psiquiatra e seu diagnóstico é sindrome do pânico, não quer dizer que o seu diagnóstico não possa mudar!

terça-feira, 26 de maio de 2009

Um caso sobre os primeiros dias de síndrome do pânico


Tive um paciente que quando chegou a meu consultório começou a me relatar como foram os seus primeiros dias até ter o diagnóstico de síndrome do pânico:

“Eu voltei do trabalho como qualquer dia, era sexta-feira e tenho o costume de sexta pedir algo para comer, ou jantar fora com minha namorada, então resolvi ficar em casa e pedir algo. Quando eram mais ou menos 21hs chegou a comida e derrepente comecei a sentir minhas mãos frias, meu coração disparar, uma angústia indescritível, parecia que eu ia ter um infarto, pedi para que minha namorada e minha irmã que fosse comigo no pronto socorro, pegamos um táxi e eu fui na frente com a janela aberta, me faltava ar, chegamos no pronto socorro e me encaminharam para um clinico geral que me receitou um calmante, mas nada citou sobre pânico, fui para casa “um pouco melhor” e consegui dormir, tomei um pouco de calmante.

No dia seguinte era Sábado, e por volta das 21hs os sintomas começaram novamente, dessa vez só estava eu e minha namorada em casa, fui novamente de táxi até outro hospital bem conceituado, bem melhor que o primeiro e fiquei aguardando dessa vez um cardiologista que eu por iniciativa própria resolvi buscar devido aquela taquicardia “alucinada” que eu sentia, assim depois de muito esperar e os sintomas virem e irem como uma montanha russa, fui atendido pelo cardiologista que me disse: “você precisa cuidar de sua alimentação, vá mais a feira do que no mercado....” me receitou um outro calmante e um remédio para a pressão e NADA de falar sobre a síndrome do pânico, assim chegando em casa já de SACO CHEIO de passear de táxi, resolvi investigar na internet sobre todos os sintomas que eu sentia e aíiiiii..... descobri a tal da síndrome do pânico.

Na segunda-feira não fui trabalhar e fui ao psiquiatra, e realmente eu estava com essa doença, o psiquiatra me receitou antidepressivo e benzoadiazepínico fiquei dopado por alguns dias e ele me deu 10 dias de licença, e após esse inicio fui procurar você (Psicóloga) e hoje estou aqui com toda a esperança de sair desse inferno”.

Assim iniciou o tratamento e após um ano ele havia melhorado muito, o tratamento terminou após dois anos e meio quando lhe dei alta, às vezes o vejo de longe e a pouco tempo ele me ligou para dizer que está totalmente curado que o psiquiatra também já deu alta a ele.

Um caso de ataque de pânico na Av. do Estado/SP


Eu tenho um amigo que começou a ter crise de pânico e após várias idas ao pronto socorro diagnosticaram síndrome do pânico, não conseguia mais dirigir sem ter um ataque de pânico, ele trabalhava a 18 Km de sua casa, e o trânsito na grande maioria das vezes era muito intenso, dessa forma eu o levava de carona devido eu trabalhar próximo a ele, eu o buscava as vezes, mas quando chovia ou de sexta-feira que era muito trânsito, ele voltava de metrô e de táxi, mas um certo dia ele resolveu voltar de carro e detalhe! Toda vez que ele andava de carro ele que tinha que dirigir.

Vocês conhecem a Avenida do Estado, em São Paulo? Em dia de chuva, na sexta-feira? Para quem não conhece, se você leva uma hora para chegar em casa, em dias assim você leva três, quatro horas, então.... quando estávamos no meio da Avenida do Estado, ele começou a ter crise do pânico, ele parou o carro atravessado na avenida, pediu para eu assumir o carro, e começou a tomar um calmante atrás do outro para passar a crise, quando eu consegui sair do trânsito parei no primeiro bar que encontrei, e comprei água para ele conseguir engolir todos os remédios, a sensação para mim que estava de fora, é que ele fosse morrer tamanha angústia estampada no rosto dele, mas aos poucos seu rosto antes desfigurado voltou ao normal.

Deu para notar alguma semelhança com algo que você já passou? Não desanime do tratamento com psicólogo e psiquiatra sabem por quê? Hoje esse meu amigo que passou o ocorrido citado acima e muitos outros problemas devido a doença, está totalmente curado e sua vida voltou ao normal e sim por dizer melhor, hoje ele não precisa estar no controle o tempo todo, ele até deixa eu dirigir e ele ir como passageiro!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Porque é importante ir ao Psicólogo e também ao Psiquiatra?


Para a cura de todas as doenças citadas nesse blog, é de suma importância o tratamento em conjunto de um psicólogo e um psiquiatra, sabe por quê?

Eu vou explicar da forma mais clara e direta possível: o psicólogo vai te ajudar a entender o que desencadeou a doença, tratar enquanto você permanece com ela, e após você se curar do mal que estava te assombrando, te ajudar a viver melhor e mais "forte”, para que ela ou outra doença psicossomática ( mente somatizando uma doença tanto física quanto psiquiátrica em seu corpo) não venha novamente te assombrar, a terapia com um psicólogo te fortalece.

Após o seu fortalecimento psicológico e a melhora dos sintomas físicos/ psiquiátricos o psiquiatra irá resolver juntamente com você, se é a hora de fazer o "desmame" (diminuir as doses dos medicamentos aos poucos) para depois parar totalmente com o remédio.

Desejo que depois de todo esse sofrimento, você consiga trilhar novos caminhos ainda melhores que os anteriores, tendo a certeza que você é um vitorioso. Parabéns! .

Qual a diferença entre o psicólogo e o psiquiatra?


O psicólogo te ajuda a se entender melhor, descobrir porque você se relaciona de uma certa forma com o mundo e com você mesmo, ele é seu amigo sem ser seu amigo, é aquele que vai dizer coisas que poucas ou talvez nenhuma pessoa teve coragem de te dizer, o melhor é que ele vai te dizer de forma imparcial, ele caminha ao seu lado e não se esqueça que não é te carregando, mas sim, te mostrando o caminho que você irá decidir em seguir ou não, mas que talvez sem ele você não encontrasse, e finalmente o mais importante, ele irá te ajudar a se amar e as vezes porque não, apenas se aceitar por ser do jeitinho que você é.

O psiquiatra é o médico especializado em doenças mentais, que tem a possibilidade através da sua total sinceridade para com ele, "levantar dados" que definam alguma doença psiquiátrica para que depois, ele possa te receitar um ou mais medicamentos que irão agir em conjunto para sua melhora tanto nos sintomas físicos quanto nos pensamentos, sentimentos que lhe causam sofrimento.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Dá para sair do buraco?


Sindrome do pânico tem cura? Dá para sair do buraco? Dá sim! essa é a pergunta que mais escuto em meu consultório, mas quanto tempo vai demorar para eu me curar? não dá para ter certeza, cada pessoa tem seu tempo e cada um tem sua história. 

Vale perguntar para as pessoas que você conhece ou nem conhece como elas se curaram, participar de grupo de ajuda, entrar em sites, entrar em blogs que tratam sobre o assunto? Respondo com toda certeza que é importante sim! 

Você que sofre desse mal, deve procurar falar, dividir seus sentimentos com outras pessoas que sofrem ou sofreram com o pânico, você sempre ira conseguir dividir  situações semelhantes e por muitas vezes iguais. Busque ajuda o mais rápido que você puder, converse com amigos, familiares, parceiro(a), procure ajuda de um profissional, o mais indicado em primeiro lugar é o psiquiatra e depois um psicólogo ambos irão te dar o suporte necessário para você sair desse buraco.


segunda-feira, 30 de março de 2009

Síndrome do Pânico - "Tour" Médico


Quando acontece a primeira crise não se sabe muito bem o que está acontecendo, o coração dispara, um desespero toma conta da mente, um medo de morrer a qualquer momento permeia os pensamentos e vem uma vontade “alucinada” de fugir. Para onde? Sei lá! É assim que muitos chegam ao meu consultório narrando à primeira crise de pânico.

Na primeira crise é comum acontecer o tour médico, devido a falta de informação tanto daquele que sofre a crise, como os médicos que os atendem, eu chamo de tour médico: quando você chega até o P.S. por exemplo, e o médico que te atende se tem a especialidade cardiologista, te encaminha para fazer exames cardiológicos, se a especialidade é neurologista ele pede um exame neurológico, é assim até que um médico que respeita e acredita que a mente somatiza no corpo alterando o seu funcionamento faz perguntas direcionadas a diagnosticar um ataque de pânico e por fim ele encaminha esse paciente ao médico especializado que é o Psiquiatra.

Definição de Psiquiatra: Médico especializado a investigar através do sofrimento psíquico alteração no comportamento, nos pensamentos, na rotina, no convívio: social, pessoal, profissional, etc .... e que sabe exatamente qual o medicamento você deve tomar para melhorar os sintomas que você sente no corpo, diminuir e até acabar com os pensamentos que “angustiam” os seus dias, que sabe diagnosticar exatamente o que você tem, ele é o único médico especializado que pode realmente te ajudar a se curar.

Quando falo de tour médico não sou totalmente contra, acredito que é importante fazer exames como uma forma de segurança que está tudo bem com sua saúde, pois isso é uma forma de se tranqüilizar e “descartar” qualquer possibilidade de estar sofrendo de outras doenças além da psiquiatra.

quinta-feira, 12 de março de 2009

ANSIEDADE

A ansiedade é uma sensação ou sentimento decorrente da excessiva excitação do sistema nervoso central, isto acontece devido a resposta do indivíduo a uma sensação de ameaça desconhecida, é também um grande sintoma de características psicológicas que mostra a intersecção entre o físico e o psíquico, a mente fica acelerada, é um sinal de alerta que possibilita a tomada de medidas para enfrentar a ameaça que é algo instintivo não consciente.
A ansiedade em excesso desencadeia desagradáveis manifestações somáticas, fisiológicas e psicológicas, muitas são freqüentes no nosso dia a dia, mas se torna contínuo algo não está muito bem.
Abaixo segue algumas formas de manifestar a ansiedade e seu significado:
Agitação - ameaça desconhecida
Pressão - negativa relativa ao futuro
Medo - ameaça conhecida; sentimento de perigo; componente genético.
Angústia - aflição; inquietude; relacionada a passado; sensação mais corporal.
Stress - esforço para adaptação; com fases de alarme, resistência e esgotamento;
há efeito danoso ao organismo.

Principais possibilidades de origem:
Origem genética / pré-disposição
Infância carente e problemática
Dificuldade de incorporar fatos ou intercorrências novas ou desconhecidas
Distorções de auto-imagem,
Baixa auto-estima, crenças negativas
Traumas de infância, grandes sustos, perdas afetivas
Entre outras.....

quarta-feira, 11 de março de 2009

TIPOS DE ANSIEDADE

Pacientes portadores de ansiedade tendem a superestimar o grau e a probabilidade de perigo em uma determinada situação dentre os tipos de ansiedade destacam-se:

Ansiedade de desempenho- reação associada a temores em relação à execução de uma tarefa, à possibilidade de ser avaliado criticamente por pessoas importantes ou significativas (freqüente na fobia social e na vida cotidiana)

Ansiedade antecipatória - reação antecipada, antes da ocorrência de uma situação estressante imaginada, fica remoendo como será a futura situação desconfortável que irá viver. (freqüente nas fobias sociais, quando o individuo imagina que no futuro irá entrar em contato com o novo desconhecido).

Quadro clinico quando tem claros sintomas físicos:

aumento da motilidade intestinal
aumento das secreções (urinárias e fecais)
cefaléia (dor de cabeça)
sudorese
taquicardia (batedeira)
tremores
tensão muscular

Características
as principais características externas, no transtorno ansioso é a pressa, é a vontade que a pessoa tem que as coisas acabem rápido, que elas se concluam, pressa para aliviar da sensação de perigo, o sentimento interior inconsciente é de medo de pressentimento de que algo de ruim possa acontecer que algo não vai dar certo .

Ansiedade normal
comum a todo os seres humanos, caracteriza-se por um sentimento difuso, desagradável e vago de apreensão, acompanha o crescimento normal, as mudanças novas e inéditas, e o encontro da própria identidade e o sentido de vida do indivíduo. Quando a ansiedade se intensifica alterando a vida do indivíduo e excede o período de seis meses, torna-se ansiedade patológica.

terça-feira, 10 de março de 2009

SÍNDROME DO PÂNICO A DOENÇA DO NOSSO TEMPO

Os sintomas mais comuns em quem sofre de síndrome do pânico são: sensações incontroláveis de ansiedade, pernas bambas ou fracas, o chão perde a estabilidade e as percepções parecem confusas. A angústia (palidez, tremores, dispnéia, sudorese fria) é o sintoma comum a todos que sofre dessa doença, a pessoa não consegue raciocinar e a idéia de que há perigo de morrer persiste, mesmo sabendo que esse perigo não é real podendo deixá-lo paralisado ou agindo de modo descontrolado.
Quando o primeiro ataque de pânico surge muitos sofrem com o “tour” médico, os sintomas citados acima são confundidos com problemas cardíacos, alterações na pressão arterial (na verdade ocorre) enfim a primeira resposta a esses sintomas é logo pensar em algo exclusivamente físico depois de muitas idas ao pronto socorro ou consultórios, se descobre que na verdade o psicológico está agindo sobre o físico ou vice-versa.

O psiquiatra é o medico especializado que deve ser procurado, alguns médicos de outras especialidades por vezes receitam antidepressivos, ansiolíticos, calmantes, mas somente o psiquiatra que tem o profundo conhecimento do medicamento ideal para cada pessoa, não existe um único medicamento para a síndrome do pânico, o que é tratado é o sintoma não a doença, mesmo que você tenha um diagnóstico de “pânico” como alguém conhecido por exemplo, não quer dizer que para melhorar seus sintomas você irá tomar o mesmo medicamento desse conhecido. Os sintomas são semelhantes em todas as pessoas que sofrem dessa doença mas pode haver outras fobias (medos) apreendidas Ex: hipocondria.

Existe uma associação entre ataque de pânico e depressão, tendo à grande possibilidade de uma doença desencadear a outra. Ataques de pânico são um fator de risco para suicídio em pacientes com depressão, assim como a depressão é fator de risco para suicídios em pacientes com TP (transtorno do pânico). Há outro fator preocupante que é o risco real à saúde sob forma de estresse crônico, que aumenta o risco de morte por causas cardiovasculares, devido à freqüência cardíaca alta se manter durante a maior parte do dia, outros órgãos podem ser afetados pela saturação de “substâncias” que são “jogadas” no organismo pelo estresse crônico.

segunda-feira, 9 de março de 2009

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO

Sedativos ansiolíticos , tranqüilizantes menores ou psicolépticos

Substâncias que anestesiam parcialmente a sensibilidade neuronal diminuindo a capacidade de excitação emocional, são usados em altas doses como pré-anestésicos para induzir o sono, servindo para combater o sintoma de ansiedade, mas não mexe na sua origem, funcionam como a “novalgina para combater a febre”, diminuem o sintoma mas não resolvem o problema....
Maior utilidade: quando a ansiedade está muito alta ou descontrolada, ou quando provocam insônia.
Desvantagens: podem causar pequena dependência física, importante dependência emocional e o uso prolongado podem causar tolerância.
Efeitos colaterais : sonolência, cansaço e fraqueza


Antidepressivos

Efeitos: (por ação sobre os neurotransmissores cerebrais) existe o aumento do nível de energia psíquica, fazendo com que a pessoa se sinta mais forte, diminui a quantidade de preocupações e de medo, aumenta a percepção e a clareza que a pessoa tem, fazendo ela se sentir mais segura e portanto menos ansiosa.
O segundo efeito é uma ação mais direta sobre a ansiedade, não causa dependência física, apresenta pouca tolerância, mas pode causar alguma dependência emocional, não tem efeito imediato, deve ser tomado por um período mínimo de quatro meses, tem alguns efeitos colaterais (principalmente nos dez primeiros dias) o mais comum é a diminuição da libido e o retardo da ejaculação, exemplos: cloridrato de sertralina, fluoxetina e desipramina.


Tranqüilizantes maiores ou antipsicóticos

Utilização: quando a ansiedade atinge picos altíssimos são também associados a doenças mentais mais graves: com alteração do pensamento e com alteração do senso-percepção ou por estados desencadeados por drogas alucinógenas.

domingo, 8 de março de 2009

TRATAMENTO PSICOTERÁPICO


Psicoterapia comportamental: tem o objetivo de trabalhar a desaceleração da pessoa, aprender a escapar do seu domínio e desacelerar a mente.

“Mente acelerada é mente desequilibrada”
(isaac efraim)




Psicoterapia psicanalítica: tem o objetivo da terapia de decifrar sintomas, compreender a dinâmica mental, organizar ações transformadoras da vida psíquica, a doença é apenas mais um componente necessário.



Psicoterapia psicossomática: tem o objetivo de buscar a compreensão dos processos do adoecer, com a resposta de um sistema, levando em conta suas estruturas sociais, biológica, física e psicológica

..“é necessário aprender a viver os tempos na medida em que acontecerem, quem colocar o bem-estar apenas no amanhã, ou seja, no que não tem, ou com quem não se relaciona, tenderá a ter muitas diferentes dores, inclusive a ansiedade.” bayard velloso galvão

sábado, 7 de março de 2009

Você sofre de Anorexia? Conhece alguém que você acredita que sofra desse transtorno?

Muitas jovens sofrem de anorexia nervosa que é um transtorno caracterizado por perda de peso intencional, induzida e mantida por quem tem essa doença ela pode ocorrer numa mulher adolescente ou jovem, mas pode igualmente ocorrer num homem adolescente ou jovem, como numa criança próxima à puberdade ou numa mulher de mais idade até na menopausa.


Mas existem algumas formas de identificar quem esta sofrendo desse mal. E a família, os amigos e por muitas vezes a própria pessoa tem que ficar atenta aos seguintes indícios:

Recusa a manter o peso corporal em um nível igual ou acima do mínimo normal adequado à idade e à altura (por ex., perda de peso levando à manutenção do peso corporal abaixo de 85% do esperado; ou fracasso em ter o ganho de peso esperado durante o período de crescimento, levando a um peso corporal menor que 85% do esperado).

Medo intenso de ganhar peso ou de se tornar gordo, mesmo estando com peso abaixo do normal.

Perturbação no modo de vivenciar o peso ou a forma do corpo; influência indevida do peso ou da forma do corpo sobre a auto-avaliação, ou negação do baixo peso corporal atual.

Nas mulheres pós-menarca, amenorréia, isto é, ausência de pelo menos três ciclos menstruais consecutivos. (Considera-se que uma mulher tem amenorréia se seus períodos ocorrem apenas após a administração de hormônio, por ex., estrógeno.).

OUTRAS CARACTERÍSTICAS DA ANOREXIA


Outras características que podem acompanhar o quadro geral da anorexia:

Perda de cabelo
Crescimento de lanugem – pêlo fino que cresce por todo o corpo, inclusive na face.
Temperatura do corpo baixa e diminuição do ritmo cardíaco
Baixa pressão sanguínea
Sensação de frio
Circulação ruim
Pele ressecada
Unhas quebradiças
Insônia
Exercícios excessivos com o objetivo de perder peso
Foco obsessivo em comida e calorias
Solidão, isolamento social, comportamento arredio
Perda da habilidade de se concentrar em qualquer coisa
Baixa auto-estima
Ódio por si mesmo

sexta-feira, 6 de março de 2009

CONSEQUÊNCIAS DA ANOREXIA

A melhor forma de ter certeza se é mesmo anorexia é procurar primeiramente ajuda médica, pois anorexia pode acarretar diversos problemas como:
Pele seca e amarelada por causa da desnutrição
Bradicardia (freqüência cardíaca baixa)
Arritmia cardíaca, causada pela deficiência de potássio.
Problemas gastro-intestinais
Ausência de menstruação e infertilidade temporária por causa da diminuição dos hormônios femininos.
Pressão arterial baixa - menor que 8/5
Hipotermia (baixa temperatura corporal–menor que 35,5º C)
Desidratação ocasionada pela má ingestão de alimentos e líquidos.

E quando seriamente abaixo do peso, muitos indivíduos com Anorexia Nervosa manifestam sintomas depressivos, tais como humor deprimido, retraimento social, irritabilidade, insônia e interesse diminuído por sexo. E existem outras características ocasionalmente associadas com a Anorexia Nervosa que incluem preocupações acerca de comer em público, sentimento de inutilidade, uma forte necessidade de controlar o próprio ambiente, pensamento inflexível, espontaneidade social limitada e iniciativa e expressão emocional demasiadamente refreadas são pessoas que começar por perder o “brilho”.

quinta-feira, 5 de março de 2009

ÍNDICES DA ANOREXIA

Os índices mostram que existem faixa etária e sexo com mais probabilidade de sofrer desse transtorno:
“A doença ocorre principalmente no início da adolescência, dos 12 as 19 anos, mas pode se manifestar em qualquer outra idade. São 10 mulheres para 1 homem anoréxico. Entre os pacientes que buscam o tratamento de aneroxia, 50% se recuperam completamente, 30% têm cura parcial e outros 20% não respondem ao tratamento.” (site Hospital Santalucia.com)

Esse transtorno por muitas vezes é gerado pela própria família que tem um papel importante no início e no progresso dessa doença, existem muitas famílias que possuem regras severas para controlar quais são os sentimentos que podem ser expressos pelas crianças e que expressão são permitidas.As crianças desses tipos de família são treinadas a controlar que sentimentos expressarem dentro da família e de que modo podem fazê-lo em especial os que são negativos ou difíceis, como raiva, frustração, desafio, irritação ou crítica.


No caso dos mais jovens eles na grande maioria serão capazes de enfrentar os problemas por sua própria conta, sem sintomas psicológicos sérios, até que enfrentem uma situação que destrua esse frágil equilíbrio – uma das crises ou eventos críticos da vida já listados. Então é provável que os sentimentos não expressos se mostrem de formas diferentes.


As garotas geralmente encontram meios de expressar sentimentos sem prejudicar ninguém, exceto elas mesmas: depressão, comportamento sexual promíscuo, autoferimentos e, cada vez mais, nos últimos vinte anos, transtornos alimentares, incluindo a anorexia e a bulimia. Infelizmente para essas garotas os seus sentimentos não desaparecem – eles meramente ficam reprimidos.


A baixa auto-estima que faz parte da personalidade de toda anoréxica e bulímica se origina dessa fonte. Seus pais queriam que elas fossem algo que não são e não podem ser - uma pessoa com menos necessidades emocionais. Elas tentaram ser essa pessoa e falharam. A mulher portadora de um transtorno alimentar sente-se péssima com relação a si mesma e não vê saída para esse mal que a assombra.

quarta-feira, 4 de março de 2009

TRAUMAS ANOREXIA



Grande parcela das vítimas parece ser capaz de datar o começo de suas dificuldades a partir de um trauma ou de uma perturbação específica. Isso pode ser bastante diferente de uma pessoa para outra. Segue abaixo alguns motivos freqüentes que pode desencadear a anorexia:

A morte de um dos pais
Doença, mental ou física, de um dos pais
A morte de um irmão ou irmã
A morte de um dos avós que era íntimo
O divórcio ou a separação dos pais
Abuso sexual
Estupro ou assédio sexual
Saída de casa
O fim de um relacionamento
A perda de um amigo íntimo
Exames
Provocação ou maus-tratos

Entretanto, nem todas que sofrem desse mal podem identificar o incidente único ou o trauma que coincide com o começo de seu problema. Isso se dá porque elas não levaram muito a sério o que lhes aconteceu ou porque não estão conscientes de sua importância. Essas pessoas muitas vezes negam completamente que um evento que coincide com o começo do transtorno tenha alguma importância. Algumas pessoas não conseguem reconhecer o que lhes aconteceu porque não têm consciência dos efeitos de uma série de eventos estressantes.

terça-feira, 3 de março de 2009

TRATAMENTO ANOREXIA

"De longa duração, exigem conjunto de psicólogos, nutricionistas e endocrinologistas o Psicólogo. Ajuda o paciente a resgatar sua percepção do corpo, assim como seus desejos, valores e emoções. Neste estágio, ele aprende a respeitar e aceitar o seu corpo com mais tranqüilidade. Nutricional Recomposição alimentar. No auge da doença, a ingestão calórica é abaixo de 500 calorias diárias. Com a aceitação do paciente, o nutricionista vai acrescentando 300 calorias periodicamente. Endocrinológico Nesse caso, o doente repõe elementos nobres como vitaminas, cálcio, ferro, sais minerais e proteínas. Além disso, as mulheres fazem reposição hormonal para regular o ciclo menstrual.” (site Hospital Santa Lúcia.com).



O apoio familiar é de grande importância para a recuperação desses pacientes, quem sofre desse mal por muitas vezes engana a familia dizendo que está se alimentando, é comum mentirem para a familia dizendo que já se alimentou, quando questionado por exemplo se já almoçou, jantou, etc a resposta por diversas vezes é: Sim! mas se consultar as pessoas se alguém presenciou na grande maioria ninguém estava perto.

segunda-feira, 2 de março de 2009

OBESIDADE INFANTIL

Nos países desenvolvidos, a obesidade é considerada um dos principais problemas de Saúde Pública, sendo que este problema vem aumentando nos países em desenvolvimento. Acredita-se que esta situação é devida ao estilo de vida atual: o sedentarismo e os hábitos alimentares.


A obesidade é um distúrbio do metabolismo energético em que ocorre um armazenamento excessivo de energia, sob a forma de triglicérides, no tecido adiposo. O desequilíbrio crônico entre a ingestão e o gasto levará à obesidade ao longo do tempo.


Tem-se observado um aumento significativo dos casos de obesidade em crianças de todas as idades.Diversos estudos mostram que o risco de uma criança ser obesa está associado à obesidade dos pais. Aumenta se pai e mãe forem obesos.

domingo, 1 de março de 2009

FATORES QUE LEVAM A OBESIDADE INFANTIL

Várias doenças estão relacionadas à obesidade e a obesidade infantil apresenta maior risco para algumas delas, tais como a hiperinsulinemia, aumento nos níveis de colesterol total e LDL colesterol, com maior risco de desenvolvimento de baixos níveis de HDL colesterol, aumento no risco de diabetes, doenças cardiovasculares e hipertensão arterial, além de complicações ortopédicas, alterações da função pulmonar e dermatológicas (estrias, fragilidade, tendência a infecções fungícas). Além disso, devem ser levados em consideração, também, os distúrbios psicossociais, provocados pelo preconceito.


Devemos considerar outros fatores relacionados à obesidade:

Fator individual psicológico: estrutura que funciona em torno do excesso de alimentação. Pessoas que buscam no alimento um meio para aliviar a tensão;
Fatores precipitantes: conflitos, separações;
Fatores biológicos: genéticos, metabólicos;
Fatores familiares: regras rígidas e conflitos ;
Fatores socioculturais: alimentação de forma rápida, sedentarismo, preenchimento de vazios emocionais;
Fatores perpetuadores: baixa auto-estima, depressão, fobia social, angústia, etc.;
Fatores ambientais e psicossociais: desagregação familiar, separação mãe/filho, depressão materna, atendimento médico inadequado e outros;
Fatores econômicos: aumento da obesidade nos países desenvolvidos e em desenvolvimento envolvendo todas as classes sociais.

FATORES PSICOLÓGICOS NA OBESIDADE INFANTIL


Algumas vezes, a mãe refletindo sobre o relacionamento que tem com o filho consegue perceber suas próprias necessidades e sentimentos. É possível que mães com sentimentos de rejeição, atuem superalimentando o filho na tentativa de diminuir a culpa. Outras “sabotam” a dieta dos filhos com o intuito de ter aliado nos seus excessos alimentares. Usam o alimento como compensação.


A criança sente-se impotente e dependente afetivamente da mãe e esse tipo de relação prejudica o desenvolvimento emocional da criança.


A criança traz o quanto se sente infeliz por sua gordura. São rejeitadas por isso e sentindo essa hostilidade respondem com comportamentos agressivos. Outras demonstram uma auto-insuficiência isolando-se, mascarando um sentimento de fragilidade (dependência afetiva).

TRATAMENTO DA OBESIDADE INFANTIL

Em outros casos, a criança pode estar comendo sem orientação por um desejo de crescer, o que não indica um comprometimento psíquico, ou seja, cada caso deve ser analisado de forma individual, englobando todos os aspectos, nos quais a criança está inserida e somente a partir daí é que se deve encaminhá-la para tratamento apropriado.

O fato é que o tratamento deve ser precoce, pois quanto mais idade tiver a criança e maior for o excesso de peso, mais difícil será a reversão do quadro, pelos hábitos alimentares incorporados e pelas alterações metabólicas instaladas.

No tratamento da obesidade é necessário utilizar uma abordagem multidisciplinar, composta de pediatra, nutricionista, psicólogo e educador físico.